terça-feira, 6 de novembro de 2012

A eleição em Icapuí X despolitização

Ao ler o texto do doutor em ciência políticas Fernando Abrucio que tem o titulo “ O que estas eleições Municipais ensinam ao Brasil,” incomodou-me o fato de pensar que vivemos praticamente as mesmas inquietações que o autor do texto elenca. Segundo o texto, a eleição além de ter o papel de definir por meio de um processo livre, competitivo e justo os representantes do povo, este processo deve ter outro atributos positivos como lições importantes para classe política e para os cidadãos. 
 Levando-se em conta que o tema principal da disputa deve ser as questões locais, no nosso município, como na grande maioria das cidades do pais, grande parte dos candidatos desconhecem tais questões, estes concorrem sem saber o que poderiam fazer se fossem eleitos. Em Icapuí alguns candidatos a vereança se propôs a fazer obras como se fossem executivo ou legislar em temas que é de competência do estado ou da união, por puro despreparo e/ou falta de (IN)formação.
 Todas essas questões levantadas reflete sobre o papel dos partidos políticos que, em um percentual bastante significativo, serve apenas como depósitos de concorrentes ou para aluguel em tempo de eleição. As disputas em Icapuí nos últimos pleitos eleitorais, têm sido acompanhados por grande parte da população como um mero campeonato de votos, aonde os fanáticos escolhem seus times, pegam suas bandeiras e partem para torcida, simplesmente para ver quem vai tomar de lapada. 
Toda essa algazarra política acontece e nada da informação eleitoral mostrar o que os futuros eleitos podem fazer na prática pela cidade e pela população. Nesse caso, não foi só a maioria dos candidatos a vereador que deixaram passar em branco esse quesito, os que disputaram o cargo executivo também omitiram, quase que na sua totalidade, seus programas e projetos para Icapuí nos próximos quatro anos. A começar pelas músicas que mais pareciam festa funk, ou paródias de músicas que contemplavam adjetivos chulos que em nada tinha a acrescentar a “proposta do candidato”, isso sem falar que, em alguns momentos, colocar-se com a proposta de resolver todos os temas de políticas públicas da cidade e, em último caso, com a mera postura de oposição a situação atual. 
Um bom candidato ao executivo deve conhecer os temas mais problemáticos que menos avançaram na última ou nas últimas administrações; conhecer as politicas públicas e dispor de uma visão que interligue esses problema da cidade, não e possível ter sucesso se tratar os problemas isoladamente. No caso de Icapuí, é preciso se concentrar em temas como: educação, saúde, abastecimento d'água  desenvolvimento e o turismo, interligar o município de Icapuí a outros centros comerciais na perspectiva de aquecer a nossa economia com mais trabalho e renda, talvez seja uma ideia a se amadurecer com um pouco de carboreto, que nada mais é que a maturidade política! 
Precisamos criar mais espaços para a reflexão sobre que tipos de político(a)s temos e que tipos de representantes queremos para Icapuí, para não cairmos no erro de trocarmos os times dos bicudos versos bacuraus, pelas carreatas, lapadas e outras posturas que envergonham, ridicularizam e descaracterizam profundamente o verdadeiro papel da política brasileira. Para isso, devemos fomentar o debate dos problemas que mais afligem nosso povo, consolidando o exercício da cidadania através de uma consciência popular capaz de reverter essa realidade deplorável existente nos processos eleitorais.

Escrito por: Celestino Cavalcante

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