Professor tira as calças em protesto.

O professor de Geografia da rede estadual de ensino, Bráulio Nusa Amorim, que tirou as calças em protesto à falta de reconhecimento do poder público para com os profissionais da categoria, na última quinta-feira (16), disse o ato representou uma aula de cidadania e classificou as críticas de "hipocrisia fidalga".

Numa demonstração de total indignação, o professor fez um comparativo com a carreira de magistrado, principalmente pela diferença salarial. Ele questiona ainda a importância do juiz em detrimento dos profissionais da educação.

"Um juiz julga e penaliza de acordo com as leis vigentes no país, um cidadão que cometa algum crime. Já o professor, por meio de uma aula bem ministrada em sala, pode evitar que o cidadão cometa o crime. Qual o mais importante para sociedade?", indaga.

Ele explica, por meio de e-mail enviado ao G1, que um juiz recebe R$ 20 mil por mês para punir, equanto o professor reivindica R$ 1.312,00 para evitar os crimes. "Além do mais, você é capaz de passar toda sua vida sem nunca nem ver um juiz, já um professor...", pontua.

Ao justificar a ato realizado durante assembleia geral da classe, o profissional reclama que é com as calças na mão que políticos e empresários do país querem ver os professores brasileiros, pois querem que a população não saia da ignorância. para servir de massa de manobra dos governantes.

Um dos responsáveis pela desvalorização da categoria, na avaliação de Nusa, como é conhecido, foi a implantação da cultura da educação para todos, que fez com que se multiplicasse o número de professores no país, na mesma proporção em que estes profissionais foram desvalorizados.

Com informações G1. com